Angélica recorreu à meditação para lidar com medo após acidente de avião

Angélica viveu um período turbulento após o acidente de avião que sofreu ao lado de Luciano Huck e dos filhos, em maio de 2015. A apresentadora teve síndrome do pânico e encontrou na meditação a solução para dias de muito medo. “O pânico nada mais é do que você perder o controle da respiração, e a meditação encaixou novamente a minha respiração. Comecei a ter sintomas de medo, paniquei”, explica: “Eu estava numa ansiedade, numa coisa esquisita, e por isso comecei a respirar errado. Mas percebi o quanto tudo isso nascia na minha cabeça, e o quanto eu consigo dominar a minha cabeça, e não deixar ela me dominar. Nós somos uma coisa só, não existe isso de a cabeça estar maluca e o corpo estar são”.

Ao realinhar sua respiração, tomou contato com questões íntimas e incômodas que haviam sido deixadas de lado por décadas de encenação de uma vida perfeita para as câmeras. Agora, ela quer ir mais fundo – para dentro. “Sinto um enorme prazer em conseguir controlar a minha mente, é um negócio inacreditável”. afirma ela, capa da revista “Trip”.

Prestes a completar 43 anos, no fim de novembro, Angélica ainda faz considerações sobre os tempos modernos: “O mundo de hoje é muito difícil porque a internet que a gente ama é justamente o oposto da meditação, ela te afasta muito de você se você não souber usar com moderação. A gente vai botando informação para dentro e se você não limpar a cabeça uma hora vai explodir”.

 

Angélica faz uma reflexão sobre o mundo cercado de glamour em que ela e sua família vivem. “A coisa mais absurda que existe é a busca do poder e é o que todo mundo quer hoje, no celular, na internet, em todo lugar. Você faz uma selfie, você trabalha a foto inteira, coloca filtro e posta, e alguém vai te ver como aquilo que você resolveu ser naquele momento. Na internet é isso, você pode ser amigo de todo mundo, você pode ser linda, você pode tudo de uma forma totalmente rasa, superficial e irreal. Lidar com essa sede de poder, com o ego, é um negócio muito difícil; é um trabalho pra mim, pra você, pra qualquer um. Quem não gosta de ser elogiada? Quem não gosta de se ver linda numa foto? É humano, é normal, mas você tem que ter a consciência de que isso é só isso e de que não é real. A real é outra coisa”, observa.

 

A apresentadora ainda mostra o que é sua realidade: “A real pra mim é minha família, são os bichos aqui em casa, meus amigos, é deitar a cabeça no travesseiro feliz porque consegui meditar, buscar meus filhos na escola, trabalhei um pouquinho, falei com um amigo ou outro, isso é bom pra mim. Pode ser aqui no que você chamou de resort ou pode ser numa viagem, num hotel, num quartinho, em qualquer canto. A vida vai levando a gente para uma coisa grande até que você percebe que é só uma coisa grande, e que o que te faz feliz não é isso. É o que estou vivendo hoje. Tem gente que busca a bolsa Chanel, ou casar com homem rico para ter bolsa Chanel. Isso, para ela, parece a felicidade. Mas a gente sabe que é mentira.”

Fonte: O Globo

Um grande abraço a todos!

Daiane Silveira


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